A Arte de Deixar o Yoga Evoluir
- Chandra
- 1 de abr.
- 2 min de leitura
Atualizado: 22 de mai.

Com o passar dos anos, fui percebendo que o Yoga não é um conjunto de posturas fixas, mas uma prática que se molda à vida, ao corpo, às verdadeiras necessidades de cada fase. No início, queria dominar as posturas mais desafiadoras, sentir o corpo forte, flexível, vibrante. Hoje, quero apenas sentir-me bem. E percebo que essa mudança não é um retrocesso, mas um entendimento mais profundo da prática.
O Yoga tem essa beleza rara: respeita-nos sempre, mesmo quando nós próprios não nos respeitamos. Ele aceita quando queremos desafiar os nossos limites, mas também nos acolhe quando precisamos de suavidade. Não exige que sejamos mais do que somos, não nos pressiona a atingir nada. Apenas nos convida a estar.
Com o tempo, certas posturas perderam sentido. Não porque deixei de ser capaz, mas porque já não me acrescentam nada. Por outro lado, outras se tornaram essenciais: alongamentos mais demorados, movimentos mais intuitivos, a respiração como guia principal. O ritmo desacelerou, e, curiosamente, sinto que agora a prática faz mais sentido do que nunca.
Esse é o mesmo princípio do Slow Living e do Slow Food: ouvir o próprio ritmo, dar espaço ao que realmente importa, deixar ir o que já não faz sentido. Comer com atenção, viver sem pressa, praticar Yoga com presença. A vida não exige pressa. O corpo, a mente, o tempo… tudo se ajusta, se o deixarmos.
E talvez seja essa a grande lição: assim como o Yoga se adapta a nós, nós também nos devemos adaptar à vida. Com menos resistência, mais aceitação, mais consciência. Sem querer forçar o que já não nos serve, mas também sem medo de acolher o que o presente nos traz.
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