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Os benefícios do Pranayama no Sistema Nervoso Autónomo

  • Foto do escritor: Chandra
    Chandra
  • 19 de jan. de 2023
  • 2 min de leitura

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Respirar é muito mais do que um ato bioquímico ou físico, é mais do que simplesmente deixar entrar o ar, movimentar o diafragma para baixo, nutrir as nossas células e depois eliminar os resíduos. Respirar cumpre um propósito mais subtil, mas igualmente importante. As dezenas de milhares de milhões de moléculas que entram no nosso sistema respiratório afetam o ritmo cardíaco, a digestão, os estados de espírito e as atitudes. A respiração é um interruptor que liga e desliga uma vasta rede chamada sistema nervoso autónomo (SNA) (1).


Este sistema subdivide-se em 2 subsistemas, o sistema nervoso simpático (SNS) e o sistema nervoso parassimpático (SNP) que cumprem funções opostas, mas ambas são essenciais para o bem-estar do ser humano.


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"A respiração é um interruptor que liga e desliga uma vasta rede chamada sistema nervoso autónomo (1)".

O sistema nervoso simpático normalmente associado ao mecanismo de fuga/luta ou congelamento, é um sistema ancestral de reação ao stress e tem como objetivo otimizar funções físicas e mentais de forma a condicionar o sujeito para a sobrevivência, quer seja pela necessidade de fugir de um perigo, lutar ou congelar (fingir de morto). Em consequência desta necessidade de sobrevivência ou resposta a um fator stressante (seja ele verdadeiro ou imaginário) o corpo reage com o aumento dos batimentos cardíacos, aumento da tensão arterial, aumento da hormona adrenalina, maior irrigação das extremidades por dilatação dos vasos sanguíneos, dilatação dos brônquios, diminuição dos movimentos intestinais, dilatação da pupila entre outras reações. Este é um sistema de resposta rápida.




Uma grande quantidade de nervos deste sistema está espalhada na parte superior dos pulmões. Em momentos de ansiedade respiramos de forma superficial e rápida, as moléculas de ar que inspiramos acionam o interruptor simpático, que funcionam como sirenes. Quanto mais mensagens destas o sistema receber, maior a resposta simpática.


Na realização de Pranayama trabalha-se no sentido de reduzir a velocidade da respiração e aumentar a sua profundidade contribuindo, deste modo, para o aumento dos níveis de dióxido de carbono no sangue, o que vai levar a que o PH volte a um estado menos alcalino ativando uma resposta do SNP. Portanto a respiração pode ser um aliado poderoso no alívio de estados físicos e emocionais temporários (2).


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Os pulmões estão recobertos de nervos que se prolongam até ambos os lados do SNA, muitos dos nervos que se ligam ao sistema nervoso parassimpático situam-se nos lobos inferiores dos pulmões, sendo este um dos motivos pelos quais a respiração diafragmática longa e lenta ou o adhama pranayama é tão relaxante (1). A medida que o ar inspirado desce, o interruptor do SNP é acionado enviando mensagens aos órgãos para descansarem e digerirem. Quando o ar sobe através dos pulmões na expiração, as moléculas de ar estimulam uma reação do sistema parassimpático ainda mais poderosa (1). Quanto mais fundo e devagar inspirarmos e quanto mais demoradamente expirarmos, mais lentamente o coração vai bater e mais calmos nos iremos sentir (1).




Boas práticas

Namastê!



(2) Frente. Psiquiatria, 25 de janeiro de 2013 | https://doi.org/10.3389/fpsyt.2012.00117

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